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Cada marionete tem um nome e uma história...

Laia​

Foi construída entre 2013 e 2014 sob a tutoria do titiriteiro Lope de Alberdi na Casa Taller de Marionetas de Pepe Otal. Laia é um nome barcelonês, muito comum na cultura catalã. Originalmente, foi construída para ser uma dançarina de sapateado mas acabou desenvolvendo habilidades de pintora. Sua estreia aconteceu no Festival Titirifuente, em Fuenlabrada na Espanha em 2014.

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Dizem que a primeira marionete sempre se parece com quem a cria...

O PALHAÇO ALIH

Durante a expedição da Cia Cromossomos ao deserto do Saara em 2014, o palhaço Jean Pierre (Arthur Toyoshima) fazia enorme sucesso com as crianças dos campos de refugiados, que ficavam fascinadas ao ver um palhaço de origem nipônica!! Lá decidi que minha segunda marionete seria um palhaço japonês. O construí em 2014 buscando uma figura que fosse um tonto com um grande coração.

Quando ele ficou pronto, com esse sorriso boboca estampado na cara, percebi que uma de suas maiores qualidades era rir. Rir muito, o tempo todo. Então, quando fui escolher seu nome, quis chamá-lo de Alih, como o motorista do caminhão do Saara que nos levava para fazer apresentações, um homem enorme e doce que ria muito, o tempo todo. Ele não falava uma só palavra em outro idioma que não fosse árabe e durante toda a expedição nos acompanhou cada dia, sempre rindo, sempre se comunicando conosco através de sua risada. Voilá! foi assim que construí um palhaço japonês que tem um nome árabe e que não fala, só dá risada! 

Eru e Kuia

Eru e Cuia são dois bonecos de manipulação direta que nasceram dentro do projeto "Navio de Rua" em parceria com a atriz e narradora Inayara Silva da Cia À Margem da Memória. Ambos foram criados especialmente para este projeto de Contação de histórias com teatro de bonecos a partir de mitos, fábulas e contos ameríndios, africanos e afro-brasileiros. Eru significa mala ou bagagem em Iorubá e Cuia, em tupi-guarani, designa pote ou recipiente.

Em 2015, estive na aldeia indígena krahô Manoel Alves Pequeno (Tocantins) com o intuito de conhecer o hotxuá , uma palhaço ritualístico. Fui batizada com o nome de Katxekhwoi, cujo mito conta como a Estrela-Mulher ensinou a agricultura ao povo krahô, originariamente nômades caçadores e coletores, que somente passaram a ter uma vida sedentária a partir demarcação de terras da chamada Kraholândia (território que compreende 28 aldeias krahô). Inspirada pela experiência vivida na aldeia, confeccionei Cuia com características e adereços krahô, como o corte de cabelo típico desta etnia, colar de tiririca e cofo de palha.

Iroko

Construída em 2017 no estágio "I segretti della marionetta fondamentale" (Os segredos da marionete fundamental) ministrado pelo mestre inglês Stephen Mottram na MAAF - MarionettArt Accademia della Figura /TEATRO DEL LAVORO em Pinerolo, Itália.

Cada peça foi meticulosamente entalhada à mão em pinho com o uso de pouquíssimas ferramentas elétricas. É uma marionete neutra pois não tem um personagem definido, é um pequeno corpo de madeira que pode ser desde um bebê até um senhor de idade - a depender da manipulação e da imaginação de quem assiste. É o público que projeta suas imagens naquele ser e nele vê as referências de sua própria vida.

 

 

Foi batizado de Iroko em homenagem ao mito destes orixá que representa o tempo e rege a Ancestralidade. Ele foi a primeira árvore plantada na terra, por onde desceram todos os Orixás, por este motivo ele é o líder dos espíritos das árvores sagradas.

Andrea e Irina

Andrea e Irina são dois bonecos feitos com claves de malabares. Ambas foram desenvolvidas para o espetáculo "Doidivanas" das PsCircopatas em 2017. Em sua confecção utilizei materiais de ambiente hospitalar como gaze, ataduras, esparadrapo, embalagens de medicamentos, conta gotas, bem como tinturas medicinais e café solúvel para a pintura. Para compor estas figuras investi em  assimetrias e deformidades, especialmente na expressão dos olhares. 

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